Em sessão solene, senador Izalci presta homenagem a Brasília

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Iniciativa do senador reuniu Anna Christina Kubitscheck, Paulo Otavio, parlamentares, autoridades, embaixadores, pioneiros e representantes do governo do DF

O senador Izalci Lucas (PSDB/DF) presidiu a sessão solene realizada nesta segunda-feira (22) em homenagem aos 59 anos de fundação de Brasília.  Convidados para compor a Mesa do Plenário, a senadora Leila Barros (PSB-DF), o deputado distrital Rodrigo Delmasso (PRB-DF), a presidente do Memorial JK, Anna Christina Kubitschek, o secretário de Relações Institucionais do GDF, Vitor Paulo, o senador Chico Rodrigues (DEM/ RR), o Presidente do Clube dos Pioneiros de Brasília, Roosevelt Dias Beltrão, e o pároco da Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida, Pe. João Firmino, enalteceram a iniciativa de Juscelino Kubitschek de construir a nova capital no interior do Brasil.

O primeiro a discursar foi o senador Izalci, autor do requerimento que permitiu a realização do evento. Com um discurso emocionado, o senador citou Renato Russo e ressaltou seu amor pela cidade, onde chegou ainda criança vindo de Araújos, Minas Gerais.

“Como disse nosso poeta Renato Russo: “Meu Deus do céu, mas que cidade linda”. A nossa capital é a capital da poesia, da arquitetura, da beleza, dos jardins e da esperança”.

Izalci contou que o pai veio pouco depois da inauguração da cidade, um dos muitos candangos que vieram de todos os cantos do país, especialmente do Nordeste e de Minas Gerais. Naquela época, lembrou ele, o pai resolveu que seu lugar era no cerrado e conseguiu convencer a família a vir para Brasília para buscar um futuro melhor para seus filhos.

“Chegamos aqui, eu minha mãe e meus irmãos em 1971. Viemos em uma carroceria de caminhão como todos os outros candangos. Nunca me esqueço da imagem de amplidão, do céu azul e mais perto da gente e do barro vermelho, para nós crianças um grande sitio para brincar”, relembrou.

Em paralelo com o crescimento da capital do Brasil, o senador falou como foi sua vida, os empregos pelos quais passou até chegar à carreira política e ser eleito para o Senado, ressaltando, com gratidão, tudo que Brasília proporcionou a ele e sua família.

“Minha história é a história dos filhos dos candangos. Brasília não só nos acolheu, como também abriu a clareira para que o País conhecesse as nossas riquezas agrícolas e minerais. Foi um experimento em todas as áreas, foi o lugar escolhido para que os brasileiros mostrassem sua força, sua competência e sua garra na construção de um País mais justo e mais igual”, destacou.

A senadora Leila Barros (PSB-DF) salientou que brasileiros de todos os sotaques se uniram em torno do primeiro projeto nacional de nossa história, chegando a uma região antes isolada buscando por trabalho, movidos por sonhos e coragem.

“Brasília não foi uma unanimidade, na época muitos duvidaram que seria finalizada, e muitos também fizeram oposição. Garantiam que a construção de Brasília quebraria o país, mas o que ocorreu foi o contrário. Diversos setores da economia foram beneficiados pela demanda constante de uma infinidade de materiais de construção, como aço, vidros, tijolos e acabamentos”, relatou.

A neta de JK, Anna Christina Kubitschek, destacou com orgulho a trajetória da cidade, única no mundo, afirmando que Brasília é a soma da força do trabalho de milhares de brasileiros e do talento de Lucio Costa e Oscar Niemayer e enalteceu a coragem e a visão política de Juscelino Kubitschek.

“Com seu amor à Pátria e grandioso espírito público, JK buscou as saídas no campo democrático, rejeitando radicalismos na vida nacional. Quanta coragem e confiança ele trouxe ao País. Uma cidade arte, construída para encantar o olhar e mostrar ao mundo o talento dos brasileiros. Brasília resume o que o Brasil precisa: trabalho, liberdade plena, esperança, amor à Pátria e desenvolvimento nacional”, afirmou.

O vice-presidente da Câmara Legislativa do DF, deputado Rodrigo Delmasso (PRB), chamou a atenção para o índice de desemprego da região, hoje de 18,7%, o mais alto do Brasil. Ele e os senadores Leila Barros e Izalci ressaltaram que é preciso que os poderes unam esforços para melhorar as áreas de segurança pública, saúde, assistência social e educação.

O deputado Israel Batista (PV-DF) afirmou que, durante a presidência de JK, o país foi tomado por uma injeção de ânimo e passou a ser reconhecido internacionalmente. O deputado enfatizou que o impacto da criação de Brasília para a economia do Centro-Oeste foi enorme e a construção da cidade foi o passo mais consistente da política nacional de “Marcha para o Oeste”, levado antes por outros pioneiros como os bandeirantes e o marechal Rondon.

“O período da construção de Brasília foi marcado pelo desenvolvimentismo e pela valorização da autoestima nacional em outras áreas também. A economia se expandiu, o PIB cresceu naquele período à uma média de 7% ao ano”, disse Israel.

 

Sonhos

O senador Chico Rodrigues (DEM/RR) relembrou a passagem do sonho de Dom Bosco, sacerdote católico italiano, que em 1883 sonhou que visitava a América do Sul e previu a construção de uma cidade no interior do país que seria um lugar muito especial.

“Entre os graus 15 e 20 havia uma enseada bastante longa e bastante larga, que partia de um ponto onde se formava um lago. Quando se vierem a escavar as minas escondidas no meio destes montes, aparecerá aqui a terra prometida, de onde jorrará leite e mel. Será uma riqueza inconcebível”, descreveu.

Nyedja Gennari e o senador Izalci Lucas

A educadora Nyedja Gennari, reconhecida contadora de histórias, descreveu como Juscelino Kubitschek idealizava a capital.

“Brasília vai incorporar ao território brasileiro mais de 6 milhões de quilômetros quadrados. Vamos construir uma nova nação dentro de nossas próprias fronteiras, disse Juscelino. O que antes era sonho da vontade de um homem, pelas mãos de tantos outros, virou cidade. Desenhada nas pranchetas do arquiteto, talhada em arte e concreto, Brasília nasceu futurista. No encontro de duas retas, o traçado de um plano que rompeu limites colocou a vida nos eixos, deu asas à imaginação”, recitou Nyedja.

O Presidente do Clube dos Pioneiros de Brasília, Roosevelt Dias Beltrão, contou que Brasília nasceu em uma garagem de uma pequena cidade de Goiás, quando Juscelino fez o seu primeiro comício rumo ao Palácio do Catete.

“Dentre os presentes estavam Antônio Soares Neto, que perguntou ao então candidato Juscelino se ele ia cumprir a Constituição, trazendo para o interior do País a Capital Federal. E Juscelino ali, naquele momento, sem pestanejar, disse que sim. Em 1962, quando Juscelino sobrevoava Brasília, olhou para baixo e, vendo aquela maravilha, exclamou: “Meu Deus! Se não fosse o Israel Pinheiro, eu não teria construído Brasília”, relatou Beltrão.

Participaram da sessão especial o ex- governador do Distrito Federal e ex- senador Paulo Octávio, o Ministro do Tribunal de Contas da União no período de 1997 a 2014 e também ex- Senador, Valmir Campelo, o Embaixador do Estado da Palestina, SrIbrahim Alzeben,  o Embaixador da Sérvia, Sr. Veljko Lazic, o Embaixador da Síria, Sr. Mohamad Khafif, o Embaixador da Malásia, Sr. Datuk Lim Juay Jin, o Deputado Distrital Daniel Donizet, o governador de Roraima, Antonio Denarium, a administradora Regional do Guará, Vânia Gurgel, representando o governador de Santa Catarina, Noilton Moraes, o secretário Adjunto de Educação do Distrito Federal, Mauro Oliveira,  o presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Distrito Federal, Adriano de Andrade Marrocos, o presidente da Junta Comercial do Distrito Federal do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Antonio Eustáquio Correa da Costa, entre outros.

 

Apresentação Especial

Quinteto de Sopro da Orquestra Sinfônica  do Teatro Nacional Cláudio Santoro

A sessão contou ainda com a ilustre presença do Quinteto de Sopro da Orquestra Sinfônica  do Teatro Nacional Cláudio Santoro (OSTNCS), que raramente se apresenta em eventos do legislativo. Este ano, a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro completa 40 anos. O concerto de estreia da OSTNCS aconteceu no dia 6 de maio de 1979. Além disso, estamos no ano das festividades de 100 anos do Maestro Claudio Santoro. Ele completaria a data centenária no dia 23 de novembro.

 

 

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