A atuação da Sudeco e do Banco do Brasil na concessão de créditos do FCO foi tema de debate no Senado

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Preocupado com as incansáveis reclamações do setor empresarial e produtivo, quanto aos critérios exigidos para a concessão de crédito do Fundo do Centro-Oeste (FCO), o senador Izalci Lucas (PSDB/DF) requereu à comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) a realização de uma audiência pública, nesta quarta-feira (28), para debater o tema. O superintendente da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (SUDECO) Nelson Vieira, o gerente-executivo da diretoria de Governo do Banco do Brasil, Emmanoel Schmidt e o presidente do Banco do Nordeste, Romildo Carneiro, compuseram a mesa da reunião.

Ao abrir a audiência pública, o senador Izalci Lucas, presidente da CDR, informou aos participantes que a reunião tinha como propósito buscar uma solução para ajudar as empresas que estão iniciando suas atividades a obterem financiamento. O parlamentar ressaltou que os órgãos devem focar nesse tipo de empreendimento.

“As empresas que possuem recursos que podem ser dados como garantia para obter o financiamento, não precisam de dinheiro público para prosseguir com suas atividades. O nosso objetivo aqui é procurar soluções para aqueles que estão começando. Os recursos do FCO tem que ter um melhor direcionamento”, destacou Izalci.

O superintendente da Sudeco apresentou aos senadores os objetivos e as diretrizes do órgão para os próximos anos. Nelson Vieira disse que a Sudeco tem o desafio de conceder créditos para as empresas sem exigir tantas garantias como ocorre atualmente.

“É um desafio para nós encontrarmos alternativas para que esses recursos do FCO cheguem com mais facilidade e sem tantas exigências, principalmente, em relação às garantias. A audiência contribuiu para discutirmos algumas ideias para conceder mais créditos aos microempreendedores”, avaliou Nelson.

Para o representante do Banco do Brasil, os critérios estabelecidos para que as empresas consigam adquirir os créditos do FCO é essencial para que o banco não tenha prejuízo. “Esses critérios garantem a redução dos riscos das operações, principalmente, as realizadas com recursos do FCO”, esclareceu Emmanoel Schmidt.

O exemplo de sucesso da aplicação dos recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) foi um dos motivos que fizeram a CDR convidar o presidente do Banco do Nordeste para apresentar os resultados obtidos pelo órgão. Romildo Carneiro elencou uma série de ações diferenciadas que fizeram o banco ser líder na sua área de atuação.

“O Banco do Nordeste procura atuar mais próximo à população, em especial, os empresários com o objetivo de saber a realidade deles. Em 2018, foram contratados R$ 32,8 bilhões o que contribuiu para gerar ou manter 1,9 milhão de empregos e possibilitou um incremento de R$ 12,2 bilhões na arrecadação tributária, além de R$ 130,6 bilhões no valor bruto da produção”, apontou Romildo.

Ao final, o senador Izalci Lucas sugeriu que a Sudeco conheça o projeto dos Centros de Desenvolvimento Regional que é voltado para promover a articulação entre órgãos governamentais, setor empresarial e produtivo, e instituições de ensino superior (IES) e ciência, tecnologia e inovação (ICT&I).

“A nossa comissão está avaliando este ano a implementação dos CDRs que é um programa voltado para aplicar o conhecimento acadêmico-científico nas regiões brasileiras que precisam impulsionar o seu desenvolvimento socioeconômico. O Brasil tem uma produção científica de primeiro mundo, mas não consegue aplicar em benefício próprio”, explicou o parlamentar.

Assista ao vídeo da audiência:

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